Aqui se lê sobre tudo o que interessa a quem escreve. Tudo muda constantemente, inclusive as opiniões. Aqui se encontra uma escrita livre que se impulsiona pelo desejo de expressar-se. Sinta-se a vontade para questionar e criar. No dia a dia construo minhas ideias e elas diariamente me desconstroem. Nessa costura que faço na minha rotina compartilho com vocês os retalhos e que possam, assim, remendar seus seres.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Como foi feito?
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Ainda não.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Seja o oposto.
domingo, 13 de novembro de 2011
O senhor da vida.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
A mulher bexiga
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
(Des)conhecido.
sábado, 29 de outubro de 2011
Roteiro.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Por favor, há alguém que possa me julgar?
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
O que será?
O que está te sufocando?
O que falta? O que sobra?
Tantos nós. Poucos laços.
Nada satisfaz. Tudo é pouco.
O que procura? O que espera?
Lágrimas secas.
Palavras sufocadas.
Gritos silenciados.
Raiva disfarçada.
O que é falso? O que é verdade?
Existe verdade?
Distância sem medida.
Saudade sem ferida.
Cicatriz sem lembrança.
Futuro sem medo
Sangue com vida.
Olhos com brilho.
Vida com sentido.
Braços com abraço.
Quem se é?
Quem, realmente, se é?
Onde está a tua autenticidade?
O que se passa?
domingo, 25 de setembro de 2011
Indivíduos placebos
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Desligue-se.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Cobaias.
sábado, 3 de setembro de 2011
Refúgio ou prisão?
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Relações humanas.
Estrela decadente
Não seria nada.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Ensaio de despedidas.

O amor maduro.

sábado, 30 de julho de 2011
Geheimnis

quinta-feira, 21 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Morte em vida.
sábado, 2 de julho de 2011
O adubo da humanidade.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Pessoas ao vento.

segunda-feira, 27 de junho de 2011
Constatações.
Desconstrução do óbvio
sábado, 18 de junho de 2011
E lá se vai.

segunda-feira, 13 de junho de 2011
Medidas desesperadas.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Não vá ainda.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Prisão sem grades
domingo, 1 de maio de 2011
A chapeuzinho também é o lobo mau.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Uma vida desconhecida.

sábado, 16 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Peso do vazio.
O habitual tornou-se estranho.
Apenas não procuro mais respostas dentro dele.
quarta-feira, 9 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
Liberdade. Doce ilusão.
Falar de liberdade é a coisa mais simples do mundo. É simplesmente dizer que tudo é possível e que depende apenas de você. O mundo é seu, o mundo necessita de ti para existir. És inteiramente responsável pelas tuas ações, pois sóis livre. É preciso agarrar pelo chifre a vida e fazer com que ela seja mais doce. Você é capaz de tudo. A liberdade é uma benção e também uma maldição já que te ligará eternamente as consequências de tuas ações. Não tens escolha, ser livre está em seu DNA.
Sinceramente eu nunca vi diante dos meus olhos alguém livre a esse ponto. Ouço diversas histórias de superação e fico impressionada, feliz de certa forma, mas existe sempre alguma coisa maior por trás dessas situações gloriosas. Pode parecer pessimismo, preconceito, ou sei lá o quê, mas não acredito que o homem pode tudo. Pelo simples fato de vivermos em uma sociedade que nos anula, que nos devora.
Vejo no olhar de muitas pessoas o desejo supremo de sair, de sumir, de dizer adeus, porém o meio externo às sufoca de uma forma que elas se vêem presas em uma prisão sem grades. E não adianta dizer que só depende delas a mudança por que não é assim que as coisas funcionam no mundo real. Nunca foi somente nós. Sempre estivermos ligados a algo e/ou alguém, nossa história foi pautada na interação, na relação com o outro e com o mundo, então não depende apenas de nós.
As mudanças que dizem respeito a nossa pessoa, ao nosso Eu necessita inteiramente de nossa vontade. Somos os agentes de transformações em nós mesmos. Não podemos dar essa responsabilidade para outrem. Contudo, no que se refere ao mundo, ou o que envolve outros, necessitaremos mais do que de nós mesmos, precisaremos de oportunidades e de interação, ponderação, paciência e uma pitada de sorte.
Vivemos em uma sociedade que exige, muitas vezes, mais do que podemos dar e que em alguns momentos nos força a abrir mão de nossa singularidade, de nossa liberdade inata se quisermos viver sobriamente. Não falo aqui de condições financeiras, classes sociais, não é isso. Falo de algo que ultrapassa questões econômicas. São grandes coisas nos pequenos detalhes do dia-a-dia e ás vezes são bobagens que nos cega nas grandes dificuldades. Descrevê-las aqui seria errado pois não há determinações para elas. São subjetivas, diversas, não tem formas e muito menos determinantes. Da mesma maneira que a felicidade se manifesta sem rosto, as verdadeiras amarras de um homem são invisíveis.
Julgar a falta de ação de um homem diante de uma dificuldade é muito fácil, mas, talvez se nos colocarmos no lugar dele veremos os grilhões que prendem seus pés. Liberdade é um sonho lindo que nasce conosco, no entanto jamais é sentida na plenitude de sua essência. Assim eu penso. Assim eu sinto.
domingo, 6 de março de 2011
Um vôo sem asas.
É irrelevante suas opiniões. Você não sabe o que é sentir uma multidão de dores. Ter um inimigo sem rosto que te persegui a todo instante. Correr tanto para não chegar a lugar algum. É insuportável ter que olhar todos os dias pro teu sorriso. Seu amor é um ácido que corrói minha pele e desintegra o meu peito. Preciso sair, necessito voar nas asas da ilusão. Não dá mais pra ficar.
Eu sei, sei que será difícil. Contudo, entenda que não estava fácil para mim ter que morrer vagarosamente. A vida se transformou em um veneno para mim, a morte é o antídoto. Não se culpe. Minha dor não tem alvo. O que está em questão aqui sou eu, apenas eu.
Deixe-me ir. Veja, estou sorrindo finalmente. Mais do que nunca estou consciente. Deixe-me ir, pois este não será meu fim. Minha história foi escrita pelo avesso. Deixe-me ir, suas lágrimas no meu ombro são narvalhas e estão machucando essa pobre carcaça. Deixe-me ir.
Preste atenção não quero que me compreenda mal mas, nada mais importa. O cheiro da liberdade invadiu meus pulmões e limpou tudo que havia de podre. Acabará a dor, acabará o sofrimento. Pela primeira vez sinto que vou viver verdadeiramente. Pareci louco, eu sei, no entanto não é mais insânio do que continuar. Não há saídas possíveis. Todas as portas trancadas. Janelas lacradas. Soluções inexistentes. Só me resta pular. Voarei para longe. Beijarei a morte na boca e abraçarei seu corpo com tanta força que ela não terá como fugir. Aquela que vinha me consumindo pouco a pouco trará em seus braços o alívio.
Adeus!
quarta-feira, 2 de março de 2011
Sem remédio
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto esse pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos da Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
O despertar da angústia (Essa versão é a que apresentamos na sala de aula)
E foi então ali que tudo começou. Não saberia dizer como ou por que, nem mesmo lembrava o que acontecera antes daquele dia áspero de início de outono. Mas, finalmente a clareza do incontestável se fez notar e não pude mais negar a minha incompletude. Sentei-me, acendi um cigarro de baunilha e mergulhei nas profundezas do meu ser, e o que encontrei foi o nada.
“Lançou o olhar, então, para norte, sul, leste e oeste. Parecia procurar alguma coisa no ar. Deliberadamente ouviu no vento uma voz sussurrando, era ela murmurando sua dor não doída.”
Nesse momento, tive medo do inevitável. Não há como fugir. É tudo tão instável. Repentinamente aflorou na minha mente a ideia de que nada e ninguém poderiam nunca ter vindo à existência. A propósito, a qualquer instante, tudo e todos poderiam deixar de existir. Imprevisível é a vida. Como é frustrante perceber que não existem saídas a não ser aquela que tentamos evitar. A única coisa certa é a morte. A cada dia que passa estendo o meu viver e aproximo-me do fim, paradoxo. (Deve-se morrer para si mesmo).
“A natureza seguia seu curso e ela estava lá, perdida dentro de si.”
Passei a imaginar onde estivera enquanto o tempo passava sem freio. Por que teve que ser ali, naquele instante e não em outro? Jogada no mundo eu fui. Lançaram-me aqui sem treinamento, sem conhecimento. Ninguém perguntou se eu queria vir. Tudo já estava pronto aguardando a minha entrada. Quando eu partir o mundo continuará ai. Seguirá seu curso sem mim, como pode? Em pouco tempo serei esquecida, uma vida perdida. Mesmo que o mundo seja eterno, não posso com ele desfrutar de sua eternidade. E alias, por que tenho que viver aqui e agora? Quero viver o ontem e o amanhã idealizado. Pararei de pensar. (Não adianta ignorar. A angústia não cessará. Eterna companheira, assim como a morte, é condição de existência).
Lembranças permearam a minha mente. De repente notei que a vida poderia ter sido diferente. A liberdade de escolha te aprisiona na incerteza dos fatos e te deixa, muitas vezes, paralisado diante das possibilidades. É preciso seguir, é preciso caminhar entre as pedras. Experimentar as larvas para poder conhecer as borboletas. O pior disso é entender que somente eu sou responsável, não posso culpar ninguém, não posso contar com ninguém. O sentido das coisas depende de mim e não o contrário.
“A percepção do mundo como um quadro em branco ou um livro sem palavras. Nada parecia existir por si só. O ser sem estar, o estar sem ser.” (Liberdade sufocante não é?).
Pois, só quem se olha no espelho toda manhã conhece a dor de ser o que realmente se é. Pensou ela, antes de arrancar a adaga que a corroía e atirá-la contra o espelho”. (Reaja! Ficar quieta não mudará nada. Agora que conheces a verdade sóis plena. Vai viver tua condição de ser humana, tua condição de ser livre e única).
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Oi, eu sou de marca.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Vida paradoxal.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
O despertar da angústia (Nathalia Lins e Andreza Crispim)
E foi então ali que tudo começou. Ela não saberia dizer como ou por que, nem mesmo lembrava o que acontecera antes daquele dia áspero de início de outono. Finalmente a clareza do incontestável se fez notar e ela não pôde mais negar a sua incompletude. Sentou, acendeu um cigarro de baunilha e mergulhou na sua apologia a solidão. Lançou o olhar, então, para norte, sul, leste e oeste. Parecia procurar alguma coisa no ar. Deliberadamente ouviu no vento uma voz sussurrando, era ela murmurando sua dor não doída. Nesse momento, percebeu que as borboletas que embelezavam o parque durante a primavera e o verão já não estavam mais lá, sobrevoando as flores. Enquanto isso, as folhas que estavam espalhadas pelo chão continuavam sendo levadas pela brisa gélida. Algumas caíam no rio, outras ficavam simplesmente bailando no ar ao ritmo do vento. Flores murchas e galhos de árvores nus eram tudo o que se via. A natureza seguia seu curso e ela estava lá, perdida dentro de si.
Em vão imaginava onde estivera enquanto o tempo passava sem freio. Por que tinha que ser ali, naquele instante e não em outro? Por que tem que viver aqui e agora? Ela quer viver o ontem e o amanhã idealizado. Não conseguia recordar para onde olhara enquanto percorria a longa estrada sem observar as mudanças da paisagem através das estações. Agora tudo era cinza, agora o céu era outono. Ela tentava ignorar, mas a verdade é que o outono sempre esteve lá.
Não sabia o quê ou quem era, nunca mais soube. Não se entendia e não entendia o outono, nunca o entendeu. Pelo tempo que passara flutuando e não percebera o mundo criado e recriado abaixo de seus pés. Por hibernar numa redoma platônica que se acomodou em chamar de realidade. Por se refugiar num eu que se distorcia a cada tentativa de externar-se. Uma mixórdia de sensações como nunca antes experimentadas. A percepção de si mesma projetada em sua mente, clara como um mar cristalino sob o sol de néon de outrora. A percepção do mundo como um quadro em branco ou um livro sem palavras. Nada parecia existir por si só. O ser sem estar, o estar sem ser. Parecia sufocar. Era como pesadelo corroendo o sono em noite fria. Os olhos, voltados para dentro, precisavam mostrar afora algo que ainda não havia sido encontrado. Parecia paradoxo.
Lembranças permeavam sua mente. De repente notou que sua vida poderia ter sido diferente. A liberdade de escolha te aprisiona na incerteza dos fatos e te deixa, muitas vezes, paralisado diante das possibilidades. Somente ela era responsável, não podia culpar ninguém, não podia contar com ninguém. Liberdade sufocante.
Será que é preciso sufocar em angústia para não tropeçar entre os trilhos na contramão? É preciso arrancar os olhos para que eles não sangrem? É preciso cravar a adaga no peito de quem se é de verdade pra poder seguir em frente?
“Pois, só quem se olha no espelho toda manhã conhece a dor de ser o que realmente se é”, pensou ela, antes de arrancar a adaga que a corroía e atirá-la contra o espelho.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Pelo direito de ser infeliz o/
Odeio quando as pessoas rejeitam sua dor e te suprimi de expressão. Deixam-te sem graça para ser triste. Esse tipo de atitude vem se espalhando de uma forma assustadora. Não é permitido sofrer. Fala-se muito em tirania da beleza, mas a tirania da felicidade?
Dessa forma, é como se o sujeito estivesse constantemente engasgado sem poder falar sobre suas dores, frustrações e sofrimentos. Essa cultura do hedonismo e da juventude feliz e eterna está sufocando e mascarando cada vez mais as pessoas. É como se o indivíduo vinhesse ao mundo com um único dever e este é de ser feliz em tempo integral. Não se pode reclamar da vida. "Olhe para o lado e veja que a vida de outro alguém está em pior condições que a sua, então, não reclame, não é justo." Pronto. Assunto resolvido. Acabou, não se fala mais nisso. Parece que estamos sempre ouvindo aquela frase dita pelas mães aos filhos que choram irritantemente: "engula o choro". Pois é, desde cedo aprendemos a suprimir nossas emoções e a falsear nossos sentimentos para nos encaixarmos em um padrão de vida que não se encaixa em nós.
Duas medidas e um peso
E de repente não existe mais nada de particular. Procuro um ponto em comum, mas não há nenhum. Busco no interior vestígio de algo que já fez parte do todo e deparo-me com um estranho. Nem sei dizer se é um reflexo deformado ou outro alguém. Aquele Eu que se satisfazia, ver-se curvado agora a outro estranho que tornou-se Eu. Sou o avesso de mim mesma.
Nesse espetáculo da vida cotidiana não sei mais separar o ator do personagem. Tenho a sensação que estou perdida. As diversas máscaras que usei ao longo da vida fundiram-se com o meu verdadeiro Eu. Risos e abraços são ilusões, sinceros ou não. O que fazer? Meu ser não está fragmentado, ele está mesclado. Como posso encontrá-lo então? Não tenho pedaços a recolher. Está tudo grudado. A sensação de viver um teatro tornou-se fato.
O céu que arde na terra.
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