sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Sobre o brincar no atendimento infantil.


Diversas vezes vejo as pessoas questionando o fato de em atendimentos infantis, nós psicólogos, brincamos com as crianças/clientes. Quero explicar que essa situação se dá por um fato muito simples, é brincando que a criança se comunica. É através da brincadeira que ela revela o seu mundo, seus sentimentos e os modos de relações que vivencia no seu dia a dia. Nós, enquanto profissionais da escuta, precisamos acolher a criança na sua realidade, e é com o brincar que conseguimos compreendê-la na sua singularidade e ajudá-la no processo de desenvolvimento. 

Também quero dizer que brincar é coisa séria. É a expressão autêntica do ser humano. Pura criatividade e espontaneidade. Brincar é saúde. Saber usar a brincadeira para a compreensão das demandas infantis e intervir nesse campo lúdico não é tarefa fácil e exige bastante do profissional. Ao escutar seu filho(a) dizer que brincou com o psicólogo, não se espante e nem se revolte, pois é através dessa ferramenta que intervimos no universo infantil.

Quer experimentar? Pare um pouco para observar as brincadeiras das crianças e verá o quão significativo é esse momento. O quão é revelador e repleto de possibilidades. Criança que não brinca está adoecida, empobrecida na sua potencialidade. Repito, brincar é coisa séria.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015


É bastante comum antes das festas de natal e ano novo algumas pessoas começarem a se sentir tristes e angustiadas. Chamam esse evento de depressão de fim de ano. O que será que ocorre nessa época do ano que sensibiliza e mobiliza tantas pessoas? Sugiro alguns pontos:

1. O final de ano remete à uma avaliação de como percorremos e utilizamos nosso tempo. Somos levados a olhar para trás e refletir sobre o caminho traçado. Às vezes notamos o quando estamos perdidos e o quanto estamos afastados de um modelo de vida que satisfaça nossas expectativas. Tornámo-nos conscientes das nossas falhas e das saudades que nos acompanham durante todo dia e que é amortecida pelo corre corre da rotina. No natal e no ano novo há um apelo emocional que nos convoca a entrar em contato com nossos sentimentos e memórias.

2. Existe a sensação que o ciclo da existência se renova no final e começo de cada ano, mas no fundo, nós sabemos que a vida está apenas seguindo. Essa percepção pode despertar certa angústia quando observamos que, por algum motivo qualquer, estamos estagnados. Podemos pensar que, "Mais um ano se passou e nada aconteceu. Mais um ano está chegando e eu não sei o que fazer."

3. Existe um trocadilho muito importante na passagem do tempo. A cada ano novo temos mais tempo na nossa história e menos tempo para aproveitá-la. Ela está esticando e cada vez mais fica próxima do rompimento. Somos convocados para encarar a finitude com as festas de fim ano.

4. Ainda existe o campo que se abre diante de nós com o passar dos anos. O novo. O desconhecido. O mistério. A possibilidade de mudança. Para alguns, esses sãos aspectos assustadores. 

Seria ótimo se aproveitássemos esse momento de sensibilização e auto reflexão para procurarmos apoio psicológico. São nessas circunstâncias onde nos mostramos disponíveis a repensar e questionar nossos comportamentos que a psicoterapia pode ajudar a facilitar e potencializar esse movimento de transformação. Que nesse ano novo sejamos tocados e passemos a olhar para a vida com mais consciência e propriedade.

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O céu que arde na terra.

Celeste nasceu em noite estrelada. Filha única de um casal maduro que já havia perdido a esperança de procriar. Celeste nasce como um milagr...