Aqui se lê sobre tudo o que interessa a quem escreve. Tudo muda constantemente, inclusive as opiniões. Aqui se encontra uma escrita livre que se impulsiona pelo desejo de expressar-se. Sinta-se a vontade para questionar e criar. No dia a dia construo minhas ideias e elas diariamente me desconstroem. Nessa costura que faço na minha rotina compartilho com vocês os retalhos e que possam, assim, remendar seus seres.
sábado, 27 de maio de 2017
Pequena reflexão do fim de tarde
E as diversas fugas que armei só para não descobrir minhas mentiras e suportar as verdades?
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Pequena reflexão de meio dia
É importante deixar claro que o processo de assumir o próprio desejo, de tomar consciência dos próprios sentimentos e se apoderar de suas escolhas não acontecem sem certa dose sofrimento, ajustes, reajustes e conflitos.
Uma notícia: não dá pra se realizar na vida sem passar por situações de crise e conflitos. É inevitável, gente.
Ter coragem pra caminhar é imprescindível. Duas coisas: autoestima e auto-confiança. Como estão essas duas características na sua vida e como você percebe que elas interferem nas suas decisões e na sua rotina?
Uma notícia: não dá pra se realizar na vida sem passar por situações de crise e conflitos. É inevitável, gente.
Ter coragem pra caminhar é imprescindível. Duas coisas: autoestima e auto-confiança. Como estão essas duas características na sua vida e como você percebe que elas interferem nas suas decisões e na sua rotina?
sábado, 20 de maio de 2017
Tchau poesia.
A poesia morreu em mim.
Agora só há a rotina seca, crua e sem rima.
A poesia partiu e deixou apenas a sensação
de que as coisas podem ser melhores, mas não estão.
Não são.
E agora eu não sou.
Já fui.
Quem dera um dia ser.
O chão é um ensino. (Manoel de Barros)
Há algo de mágico em despojar-se no chão. Eu diria até sagrado. Você já tentou? Aqui embaixo eu faço as pazes com a minha insignificância e peço a Deus para continuar apesar da imensidão do céu, da confusão no meu coração e de tudo mais que não tenho controle. Apenas desejo seguir em frente sendo pequena com o coração ardente pra se alcançar uma vida grande. Uma vida digna. Uma existência poética.
quinta-feira, 18 de maio de 2017
Prece 2
Que Deus me dê forças para suportar a vida cheia de arrependimentos que venho desenhando para mim.
sábado, 6 de maio de 2017
Meu telefone, meu escudo.
Já faz um tempo que venho pensando sobre algo: Como a tecnologia, em especial a evolução e a versatilidade dos celulares vêm mascarando a sensação de solidão e constrangimento em certos lugares e situações. Pense bem, quando estamos em alguma situação de espera, como em filas de banco, médicos, mercados, ou sei lá mais aonde, o celular surge como um recurso muito útil para lhe distrair. Nessas circunstâncias as vezes consigo me sentir menos sozinha e entediada, pois posso estar em interação com outras pessoas ou realizando alguma tarefa paralela ao ato de esperar. Eu sinto minha atenção dividida, repartida, entre o ato de ficar atenta à espera (sim, a espera precisa de atenção e concentração) e a movimentação ao redor e ao ato de me distrair daquela ação de espera.
Notei o quanto, depois do celular, o constrangimento diante de uma outra pessoa desconhecida que está ali no mesmo ambiente que você, passando por experiência semelhante, ou até dividindo uma tarefa com você, fica minimizado. O celular virou uma proteção. Lembro quando precisei realizar uma perícia médica e estávamos lá, eu e o médico, sentados um em frente ao outro, tendo um objetivo a cumprir sem nos conhecermos. Concluímos a avaliação e agora só era necessário a impressão do meu laudo, nesse momento o computador não consegue realizar a operação e nós precisaríamos então, esperar. Ali, no vazio, não sabíamos o que fazer e nem como lidar com aquela demora e inconveniência tecnológica. Notei que o médico recorreu ao celular, para poder me afastar de modo educado, suave e sútil. Ali não precisaríamos conversar mais, afinal de contas já tínhamos cumprindo a finalidade do nosso objetivo, para além disso estaríamos ultrapassando a barreira do profissional e cairíamos talvez no simples jogar papo fora e isso é, as vezes, ansiogênico. Eu também procurei em alguns momentos meu aparelho para me proteger daquele inevitável contato e ficamos assim, envergonhados e ao mesmo tempo não. Quando finalmente a impressão foi realizada a minha sensação foi de alívio.
Eu percebo o quanto essas minhas sensações são recorrentes em outros espaços e o quanto estou em muitos momentos afastando de mim a possibilidade de entrar em contato com outra pessoa desconhecida em circunstâncias que me causam constrangimento. Pois é incomodo ignorar uma presença. É desconfortável estar diante de outra pessoa que está dividindo algo com você, nem que seja o serviço, e não levá-la em consideração para uma conversa a toa quando surge esse espaço de vazio. Afinal de contas também não suportamos o silêncio diante do outro. É! Penso que para algumas pessoas, é assustador ficar diante de alguém em silêncio. Esse vazio é intimista. A presença é solicitante, é convidativa. Ela nos pede ação.
Esse fim de semana participei de um curso onde logo quando cheguei a facilitadora comentou de outras 2 integrantes que haviam chegado antes de mim: olha só, antes de elas terem a senha do wifi estavam conversando e rindo horrores, e agora olha como estão. Estava cada uma mexendo em seu celular, eu prontamente pedi a senha também. A tecnologia ao mesmo tempo que me dá oportunidade de estar presente e de ter presente amigos distantes, também me afasta da possibilidade de aprofundar conversas bobas e encontros casuais.
Eu estou só e ao mesmo tempo não estou só. Estou constrangida pela presença estranha que me solicita interação e ao mesmo tempo não estou disponível pois estou ocupada com o telefone. É essa dualidade que vem me trazendo estranheza e questionando alguns comportamentos. Que tal pensar se o modo como você vem utilizando o celular está te aproximando ou te afastando das pessoas? O que você evita quando recorre ao telefone em algumas situações? O que quer esconder? O que quer mostrar?
Andreza Crispim
Psicóloga CRP 02/17314
Psicomotricista relacional
@psicoterapiafalemais
O tamanho dos seus sonhos
Se eu pudesse escalava todos os meus sonhos insatisfeitos só pra ver até onde eles iriam, mas tenho medo de altura.
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