No corpo que sou tenho em mim uma história vivida.
Na pele que sou tenho registrado cada toque sentido e sonhado.
Nos olhos que sou guardei todos os delírios de lembranças e as imagens das palavras que me foram pintadas.
Há nos ouvidos que sou os sons, os silêncios e as pausas que ressoaram em suor, riso e choro.
Quantos abraços há em mim para trocar? Quantos passos me restam para andar?
No corpo que sou, existo! Sou presença no cheiro que transpiro e que expira a cada mover.
Sou passagem nas rugas que marcam.
Sou a cura em cada cicatriz.
Sou destruição no mastigar.
É na queda que me faço morte e no levantar ensaio o recomeço.
Renascer nos suspiros.
Embalar a dor nos soluços que escorrem.
O corpo que sou prevalece no sentir.
Sou afeto em todo gesto.
O corpo que sou insiste e persiste.
Sou corpo e nele me faço ser.
Aqui se lê sobre tudo o que interessa a quem escreve. Tudo muda constantemente, inclusive as opiniões. Aqui se encontra uma escrita livre que se impulsiona pelo desejo de expressar-se. Sinta-se a vontade para questionar e criar. No dia a dia construo minhas ideias e elas diariamente me desconstroem. Nessa costura que faço na minha rotina compartilho com vocês os retalhos e que possam, assim, remendar seus seres.
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
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