sábado, 20 de janeiro de 2018

Não.
Eu não aceito me poupar.
Não quero ser poupada de nada.
Se for dor que seja dor então.
Não permito que anestesiem o meu sofrer.
Eu quero o todo.
Deixem-me com minhas intensidades.
Já basta.
Sou vastidão nessa estrada sem rumo.
A minha vida quero que seja vivida com tudo que ela tiver pra me oferecer.
Chega de experimentar aos poucos.
Meus dias passam com pressa.
A vida não perde tempo.
Então, não quero me perder nela.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Olá! Sou adulta.

Eu cresci. Eu envelheci. Sou adulta. As coisas não são mais como eram na infância e, muito menos, na adolescência. Eu não sou mais quem um dia fui e ao mesmo tempo me sinto em constante transformação. Sei que ainda há muita coisa pra descobrir e se revelar. Há tanta coisa pra aprender. Surgiu em mim um sentimento de gratidão. Gratidão por hoje está me sentindo cada vez mais MINHA. Cada vez mais mulher. Tenho poder. Sou possibilidade. Tenho capacidade de gerir minha vida (Quem diria?). Gratidão por estar aqui, viva, aos 27 anos. São 27 anos. Uau!

Acompanhado da gratidão veio o medo. O medo por hoje perceber que minhas pernas, e apenas as minhas pernas, são o meu apoio. Por tomar consciência que a minha história me pertence e sou eu que a (re)escrevo. Eu, só eu. Apesar de ter tantos entres e outros, sou eu que me faço e refaço todo dia e a todo instante. Sou minha. E, é importante, que eu cuide de mim. Desejo ser bem cuidada. Gosto de ser bem cuidada. Preciso me esforçar para promover o meu bem estar. Medo por encarar a passagem do tempo e ver que estou viva, aos 27 anos. Nossa, já são 27 anos!

E o que falar dos meus amigos e amigas? Gente, quem são meus amigos hoje? Caramba! Eu olho pra eles e penso "É sério isso? Como aquela criança se transformou nisso? Que incrível". Dá pra fazer outro texto sobre isso. Quem sabe um dia...?

É, eu cresci. Envelheci. Sinto, porém, que em mim existe algo de infantil e lúdico. E isso me fortalece e me encanta. Às vezes me dá a sensação de estar em casa. De estar em mim. Fico preocupada em perder essa ingenuidade que já noto mais madura e serena. Temo que ela se torne ridícula e seja mal julgada. Fico preocupada com o reconhecimento e aprovação dos outros adultos. Eu, que inicio nesse grupo quero ser bem recebida. Quero pertencer a essa classe. É louco, né? Gente, é muito louco.

Hoje, do alto da minha varanda me dei conta que eu cresci. E que o tempo tá passando. Que coisa boa é o tempo. Que coisa má é o tempo. 

Enfim, quero apenas anunciar que sim, sou adulta. Cheguei, galera!



P.S.: Alguns dirão, "Vixe, só 27 anos?". Para esses eu digo "Respeite os meus 27 anos. Sim, 27 anos. CASSETE, É 27 ANOS! Daqui a pouco serão 28. E que assim seja até não ser mais." 

O céu que arde na terra.

Celeste nasceu em noite estrelada. Filha única de um casal maduro que já havia perdido a esperança de procriar. Celeste nasce como um milagr...