Percebo que chegamos no momento em que nossas vidas estão tão misturadas que fica difícil de imaginar ser possível ter ar do lado de fora. Seu jeito e meus hábitos não são mais tão diferentes. E aquilo que era apenas seu tornou-se nosso. No contorno do meu corpo há o seu desenho. Nos seus olhos minha imagem se faz fotografia. Teu riso virou meu raio de sol e suas lágrimas são meus dias de tempestade. Em você pedaços de mim ganham vida. Nossa voz tem agora o mesmo tom. Meu silêncio se transformou no pôr do sol. Então, não me culpe se eu não souber mais como viver lá fora, pois não posso liberar-me de mim mesma. Não sei mais como separar nossas partes para sair inteira. Minha identidade será esfacelada quando tiver que dizer adeus. Não é a hora. Não vá ainda.
Aqui se lê sobre tudo o que interessa a quem escreve. Tudo muda constantemente, inclusive as opiniões. Aqui se encontra uma escrita livre que se impulsiona pelo desejo de expressar-se. Sinta-se a vontade para questionar e criar. No dia a dia construo minhas ideias e elas diariamente me desconstroem. Nessa costura que faço na minha rotina compartilho com vocês os retalhos e que possam, assim, remendar seus seres.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
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