Enfim ele voltou, porém nunca mais estaria de volta. Ele não tinha percebido, mas havia partido há muito mais tempo do quê quando levou seus pés para outro lugar.
A distância que se estabelece entre as pessoas não pode ser contada por quilômetros. Não há medida matemática capaz de realizar tal cálculo.
Ele jamais voltaria para o lugar de onde nunca deveria ter saído. O abismo que se abriu entre nós não permitiria que nossos olhares se entrelaçassem como antigamente.
Ele agora era apenas corpo e o corpo é apenas peso. É presença sem sentido, sem sentimento. Palavras jogadas ao vento sem pretensão de serem ouvidas ou entendidas. A ausência ganhou vida.
Não havíamos percebido, mas ele não é mais o era. Agora ele é o que não somos. Não faz mais parte do nós. Seu espaço está vazio. Já estava. Sempre estará.
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