A ansiedade é o vácuo entre o agora e o depois, já dizia Perls. Padecemos do mistério e da imprevisibilidade que o futuro é. Não suportamos não saber. Não aguentamos a falta de controle. Fingimos estar certos das diversas possibilidades de acontecimentos. Assim, preenchemos nossos vazios com expectativas, com planos e estratégias. Tentamos tampar todas as possíveis falhas. Passamos a viver tensos.
Cada vez mais a ansiedade cresce e se problematiza, pois não sabemos lidar com o imprevisível. Precisamos saber de tudo. Não podemos falhar. Temos medo do sofrimento, do erro e da frustração. É disso que se trata a ansiedade, quanto menos autoconfiante, mais inseguro e, assim, maior a necessidade de controle.
Sinto dizer, mas a vida é um eterno correr risco. Não se iluda, viver é um risco. Será preciso coragem. Será preciso confiança. Será preciso disponibilidade e permissão. Faz parte da vida as decepções. Aceitando-as não as temeremos mais, e com isso, poderemos suportar a probabilidade de sucessos e fracassos. Ansiedade é ensaio. Porém, na grande maioria das vezes, precisamos do improviso. Precisamos aprender a improvisar.
Andreza Crispim
Psicóloga CRP 02/17314
Psicomotricista Relacional
@psicoterapiafalemais
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