Observando meu sobrinho, Vinícius, de um ano e meio, notei que ele adora rir do nada. Sim, do nada. O nada o faz gargalhar alto. Às vezes fiquei procurando algo que tivesse arrancado o riso da sua alma, mas nada estava lá. Era lindo de se assistir. Pensei que como era bom rir do nada.
Depois vi que meu sobrinho também gostava de rir do simples. Um barulho de câmera fotográfica foi motivo suficiente para soltar risadas ao vento. Houve também o riso pelos sopros que focalizei na sua barriga e axila, além do meu olhar de reclamação cúmplice e jocoso. Meu sobrinho adorou rir das coisas mais banais que podiam ocorrer num dia comum.
Como é bom poder rir simplesmente por que é bom se rir. Rir sem precisar explicar o motivo do riso e que esse motivo seja respeitável. Rir por rir. Meu sobrinho me ajudou a (re)ver que na vida não é preciso grandes acontecimentos para despertar a vontade de sorrir e se renovar a cada risada. A vida faz graça quando estamos disponíveis a se agraciar. O riso está em si, e não nas coisas. Não importa o que for quem faz algo ser engraçado ou não, somos nós. Meu sobrinho não precisa do aval de ninguém para gargalhar, não há nada que lhe diga o que é engraçado ou não, ele rir por que rir e como é bom sentir e participar dessa experiência.
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