Estou calmamente sentada na escada do ônibus, Rio Doce - Piedade,
ouvindo música e de repente sinto uma movimentação atrás de mim.
Primeiro pensamento: É um assalto. Olho mais um pouco e penso: Não,
alguém tá tendo uma convulsão. Não, não era nada disso. Um rapaz levanta
uma senhora do chão e a coloca na cadeira. Ela estava tonta. Penso
então: Ah, ela deve ter passado mal e desmaiou. Normal em ônibus lotado.
Porém, percebo que a mulher está muito branca e tonta. Não parece um desmaiou qualquer. Então, em média durante 20-30 minutos, nós passageiros, vivemos em crescente preocupação. A mulher que desmaiou não conseguia falar e era difícil ficar acordada. Uma mulher tentava mantê-la desperta. Procura na sua bolsa por documentos e telefones de familiares. Consegue ligar para o pai dela. Acha-se a identidade da moça. Ela ganha um nome: Manuela.
E então, trânsito parado, ficamos sem saber o que fazer. Bombeiros, Samu, delegacia, hospital, o que fazer? Enquanto nos debatemos entre telefonemas e opiniões um nome ecoa pelo ônibus, Manuela. A mulher repete várias vezes: Manuela, não durma, não durma. Calma querida, estamos chegando. Manuela fala algo baixinho para a mulher: está uma confusão. Tudo confuso. Manuela apaga. Chegamos em frente ao hospital que seu pai havia indicado no telefonema. Manuela desce nos braços de dois rapazes. Completamente apagada e entra no hospital.
Depois disso, alguém diz: A gente não é nada na vida né? Risadas e descontração dentro do ônibus. Alguns minutos depois silêncio e a rotina de um coletivo às seis e meia da noite se restabelece. Segue viagem. Segue a vida.
Espero sinceramente que Manuela fique bem.
Porém, percebo que a mulher está muito branca e tonta. Não parece um desmaiou qualquer. Então, em média durante 20-30 minutos, nós passageiros, vivemos em crescente preocupação. A mulher que desmaiou não conseguia falar e era difícil ficar acordada. Uma mulher tentava mantê-la desperta. Procura na sua bolsa por documentos e telefones de familiares. Consegue ligar para o pai dela. Acha-se a identidade da moça. Ela ganha um nome: Manuela.
E então, trânsito parado, ficamos sem saber o que fazer. Bombeiros, Samu, delegacia, hospital, o que fazer? Enquanto nos debatemos entre telefonemas e opiniões um nome ecoa pelo ônibus, Manuela. A mulher repete várias vezes: Manuela, não durma, não durma. Calma querida, estamos chegando. Manuela fala algo baixinho para a mulher: está uma confusão. Tudo confuso. Manuela apaga. Chegamos em frente ao hospital que seu pai havia indicado no telefonema. Manuela desce nos braços de dois rapazes. Completamente apagada e entra no hospital.
Depois disso, alguém diz: A gente não é nada na vida né? Risadas e descontração dentro do ônibus. Alguns minutos depois silêncio e a rotina de um coletivo às seis e meia da noite se restabelece. Segue viagem. Segue a vida.
Espero sinceramente que Manuela fique bem.
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